O governador do estado, Marconi Perillo (PSDB), reafirmou nesta terça-feira (5) que vai cortar o ponto dos policiais civis, que estão em greve desde o último dia 17 de setembro. “Aquilo que é possível já foi sinalizado, o que não é possível não será feito. Já houve cortes dos salários de quem não trabalhou no mês passado e haverá de novo se a greve perdurar, pois o que está em jogo é o interesse da população”, disse.
A categoria pede piso salarial de R$ 7.250 e o pagamento do bônus de resultados, assim como é pago somente para os delegados desde julho do ano passado. No entanto, ainda não houve acordo e os policiais aguardam uma decisão judicial.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO), Silveira Alves, classificou a declaração do governador como “lamentável”. “Ele não está acatando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e está indo contra a Justiça. Nós entramos com uma ação direta de inconstitucionalidade contra o decreto que prevê o corte dos dias parados e com um mandado de segurança. Esse corte abusivo será devolvido aos servidores”, garantiu.
Paralisação
A greve dos escrivães e agentes da Polícia Civil já dura mais de um mês e meio. Segundo o presidente do Sinpol, a categoria quer equiparar os salários e receber bônus, assim como os delegados já conseguiram.
O diretor jurídico do Sinpol, Rainel Mascarenhas, explicou que no fim da última greve ficou acordado entre o sindicato e o governo o aumento do piso salarial, parcelado em dois anos, além do bônus por produtividade. Como esse acordo não foi cumprido, a categoria iniciou o movimento de paralisação.
Fonte: G1 Goiás